O Marília Country Club começou a ser desenhado em 1969 por um grupo de 28 pessoas que sonhavam construir um clube de campo. Depois de comprada a área, nós os fundadores e muitos amigos improvisamos um churrasco embaixo da jaqueira, ao lado onde hoje existe o quiosque n.º 2.
Todos estavam muito entusiasmados com o nascente empreendimento, mas alguém disse que éramos loucos e que esse projeto dificilmente sairia do papel. “Onde já se viu construir em Marília, um clube de campo que teria uma área de 17 alqueires, mais de 400.000 metros quadrados e que deveria ter um lago de 100.000 metros quadrados.
Ficamos aborrecidos e preocupados. Não com a possibilidade de não se construir o Country, mas com o pessimismo que às vezes ainda hoje ronda as pessoas. Depois disso, não é preciso falar muito a esse respeito: o Country é uma realidade. É muito maior do que sonhava nos idos de 1969. A dedicação incessante dos fundadores, dos primeiros sócios e dos funcionários foi sempre uma constante.
Os sócios no início só compravam papel porque o clube nem árvores tinha. De 1969 até 1972, foram construídas a sede social, o primeiro poço semi-artesiano, a rede de energia elétrica, barragem do lago e o plantil intensivo de árvores, em toda a área do clube e da incorporadora. Merecem atenção especial nesta fase as dificuldades financeiras pelas quais o clube passava em virtude do ritmo das construções e o ingresso da receita de venda de títulos.
Naquela época foi feito um empréstimo junto a uma entidade financeira e, diuturnamente se controlavam as finanças (e os famosos papagaios – empréstimos de curto prazo junto aos bancos da cidade). A partir de 1975, quando assumi a presidência do clube, depois de uma assembléia dos sócios da incorporadora, ficou claro que continuação das obras deveria passar por algumas reformulações, já que a incorporadora, exaurida em seu capital, também não dispunha de receita de venda de títulos suficiente para um ritmo de obras intenso.
Decidimos passar a cobrar a taxa de manutenção prevista nos estatutos, para que a receita da venda de títulos pudesse ser empregada totalmente nas construções. Ultrapassamos assim, mais um obstáculo e as obras continuaram. Vieram o calçamento da entrada principal, as duas piscinas de concreto e o solário, além de outras obras menores.
A continuação da pavimentação, a arborização e a gramação de toda a área de uso dos associados, a expansão da rede elétrica, os muros de arrimo em torno do lago, o barracão de serviços, a ampliação da rede de esgotos, o vestiário do lago, novo campo de futebol, etc.
Em 1990 já ficava claro a necessidade de se construir uma administração autônoma do clube, separando os vínculos ainda existentes com a incorporadora, Nos anos seguintes, até 1994, diversas reuniões e assembléias da incorporadora foram realizadas onde os contratos que a ligavam ao clube foram rescindidos.
Também dentro desse mundo global, o Country adquiriu boa parte da área de terras remanescentes da incorporadora e ficou, então com uma área de mais de um milhão de metros quadrados. Duas vezes e meia a previsão dos sonhadores de 1969. Nesse meio tempo, o Country continuou suas atividades.
Um dos eventos que marcaram a presença do Country no âmbito nacional, foi o torneio de Jet-Sky, realizado em 1991, com mais de 12 mil pessoas e 130 pilotos de todo o Brasil. Foi o nome de Marília e do clube levado a uma dimensão nacional.
Também prosseguiram as construções e os investimentos, como o salão de jogos, as limpezas e expansão dos gramados em torno do lago, os novos filtros das piscinas, expansão das redes de água e de esgoto e de energia elétrica, cercas com palanques de concreto em torno do clube, inclusive na área adquirida, etc.
Em 1996, como nos dois últimos anos, anteriores, mais de 20% do total da receita arrecadado, que foi de R$ 620.000,00 (seiscentos e vinte mil reais), foi investido basicamente na construção de uma nova piscina semi-olímpica, em vinil e cinco novos quiosques, além de abras menores, como a arquibancada do campo de futebol e trabalhos de manutenção em todos os setores do clube. Em 1997, 15 novos quiosques foram construídos e o escritório informatizado.
Além desses investimentos, a administração do clube continuou sempre uma infinidade de pequenos serviços, normalmente classificados como manutenção, mas que às vezes são como investimentos. É o caso, por exemplo da construção de novas churrasqueiras, aumento dos pontos de energia elétrica e água, entre outros.
Antônio Marcelino